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O set em VHS da Edição Especial da Trilogia Star Wars foi reimpresso com nova embalagem no ano 2000; com as capas agora incluindo logotipos semelhantes aos usados para o lançamento de Episódio I A Ameaça Fantasma de 1999. Outra mudança foram que os filmes, assim como em Episódio I A Ameaça Fantasma, passaram a ser identificados como Episódio IV - V - VI.
Embora tenham sido utilizados os mesmos cortes da Edição Especial, nenhuma menção é feita na embalagem.
Seria o último lançamento realizado da trilogia original em VHS.
Em meados dos anos 90, George Lucas declarou que sua visão criativa do primeiro Guerra nas Estrelas sofrera, à época de sua produção, limitações orçamentárias e outras decorrentes da falta de tecnologia para retratar as cenas como ele as imaginara.
Com efeito, é visível a evolução dos efeitos especiais já de Guerra nas Estrelas para O Império Contra-Ataca. Assim, após Lucas ter decidido retornar ao universo de Star Wars (como a franquia foi rebatizada mundialmente) com uma nova trilogia, a Lucasfilm começou a restaurar os três filmes originais, adicionando novas cenas e aperfeiçoando, com o uso do computador, várias seqüências de efeitos visuais.
Estas Edições Especiais dos três filmes foram lançadas nos cinemas em 1997, após terem sido investidos US$ 11 milhões no processo de restauração de som e imagem, o que muitas vezes significou retornar aos elementos e cenas originais para fazer uma nova montagem.
O mais notável, contudo, foi a decisão de Lucas em incluir algumas novas cenas, que à época haviam ficado incompletas, ou que haviam sido eliminadas na sala de montagem, ou ainda que foram feitas especialmente para essa Edição Especial.
A cirurgia mais profunda ocorreu no filme de 1977: o primeiro passo foi a restauração completa dos negativos originais, e a digitalização da trilha sonora.
Em seguida, cenas filmadas em 1976 e que foram cortadas da edição final foram reinseridas. É o caso do encontro de Han Solo com o vilão Jabba The Hutt, em Mos Eisley. Jabba, que fomos conhecer somente em O Retorno de Jedi como um monstro grande e viscoso, à época foi interpretado por um ator gordo.
Na Edição Especial, foi substituído por uma imagem criada em computação gráfica, que reproduzia sua aparência alienígena.
Outra cena de 1976 resgatada foi a do encontro de Luke Skywalker, um pouco antes do ataque à Estrela da Morte, com seu amigo de Tatooine Biggs Darklighter, que tornara-se um piloto rebelde.
Adicionalmente, cenas originais foram substituídas ou alteradas.
O Espaçoporto de Mos Eisley, que originalmente parecia uma vila suja com algumas vielas, passou a ser uma cidade fervilhante de alienígenas, com o céu tomado por naves que chegam e partem. Em suas ruas, foram adicionados alienígenas e criaturas semelhantes a dinossauros, todos criados em computador.
Também as montarias das Tropas Imperiais que desembarcam em Tatooine, que na versão original eram bonecos estáticos em tamanho natural, foram refeitas em computador.
O confronto de Han Solo com o caçador de recompensas Greedo, na cantina, sofreu uma alteração muito criticada: na versão original Han disparava primeiro, já na versão de 1997 Lucas alterou a cena, fazendo Greedo atirar primeiro e Han logo em seguida, matando-o em legítima defesa. O resultado ficou, para dizer o mínimo, artificial.
Também houve mudanças na batalha final. Vemos uma esquadrilha rebelde mais numerosa partir do planeta Yavin e aproximar-se da Estrela da Morte (as naves adicionais também foram criadas em computador). Um dos caças passa tão próximo à câmera que percebemos as imperfeições no casco da nave, e o piloto mover-se no cockpit.
Algumas tomadas dos combates espaciais foram refeitas em CGI, para tornar as naves mais ágeis e detalhar mais os cenários da Estrela da Morte.
Já os outros dois filmes também tiveram alterações, porém em nível reduzido. Por exemplo, em O Império Contra-Ataca, a seqüência em que Luke é atacado na caverna de gelo passou a mostrar mais detalhes do monstro Wampa, e a chegada do Millenium Falcon à Cidade das Nuvens foi totalmente refeita em computador.
Também vemos a chegada de Darth Vader, ao seu Super Destróier, no transporte Imperial que originalmente aparecia somente em O Retorno de Jedi.
Houve outras mudanças, mas elas residiram principalmente na inclusão de detalhes nos cenários da Cidade das Nuvens e na eliminação dos recortes de sobreposição de elementos, nas cenas de efeitos especiais.
Em O Retorno de Jedi, destacam-se o novo número musical no covil de Jabba, que ganhou uma nova canção e músicos alienígenas feitos em CGI, e a inclusão de novas cenas ao final, mostrando a celebração da derrota do Império nos planetas Coruscant e Tatooine.
Nestas cenas, John Williams substituiu sua música original por outra composição sua.
Todas essas alterações geraram polêmicas e muitos reclamaram das inovações, considerando que a defesa de Lucas ao direito de alterar a sua obra nada mais era do que um mero artifício para faturar ainda mais com os filmes.
Episódio IV: a animação da chegada de Luke, Kenobi e os andróides a Mos Eisley foi refeita
Episódio IV: Jabba foi substituído pelo mesmo modelo CGI utilizado em A Ameaça Fantasma, mais detalhado e menos caricato
Episódios IV, V e VI: o visual dos sabres de luz foi atualizado, para combinar com os que vemos na nova trilogia
Episódio V: o Imperador agora é interpretado por Ian McDiarmid, usando a mesma maquiagem de O Retorno de Jedi
Episódio VI: os recortes nas cenas de efeitos, como no confronto de Luke com o monstro Rancor, foram eliminados
Episódio VI: as sobrancelhas do ator Sebastian Shaw (Anakin Skywalker) foram eliminadas
Episódio VI: o ator Sebastian Shaw foi substituído por Hayden Christensen, o Anakin da nova trilogia