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As Aventuras da Blitz 1COM ENCARTEAs Aventuras da Blitz 1 foi o álbum de estreia da banda, lançado no início de 1982 pela EMI. O álbum vendeu mais de 100 mil copias.A banda para fugir da ditadura militar em 1982, precisou que a gravadora riscasse à mão as duas últimas músicas do álbum vetadas pelas autoridades.O DCDP - Divisão de Censura de Diversões Públicas, então, proibiu a veiculação das duas últimas músicas do disco, “Cruel Cruel Esquizofrenético Blues” e “Ela Quer Morar Comigo na La” por causa da da frase “ela diz que eu ando bundando”, a ambiguidade da palavra “peru” e a utilização de um palavrão nas letras.Porém, a banda já havia produzido 30 mil cópias de discos de vinil, prontos para venda. No fim, a solução encontrada pelos músicos foi “editar” o próprio material manualmente e riscar todos os discos para cumprir a exigência do governo.Em 1968, os líderes militares instituíram o AI-5, o ato constitucional que permitiu o monitoramento e proibição de obras artísticas com conteúdo “inadequado” para a população brasileira consumir.A capa, assinada por Gringo Cardia e Luiz Stein, tem a intenção de ser o mais parecida possível com um desenho sem que os membros fiquem descaracterizados. As roupas usadas por eles foram recortadas e coladas à mão em cima de seus corpos. As diversas figurinhas da contracapa são recortes de anúncios de publicações antigas. O nome da banda aparece em uma fonte inspirada por aquela usada nas capas dos gibis dos X-Men; o próprio título do disco é uma referência adicional a histórias em quadrinhos.Na primeira prensagem junto com o LP vinha um gibi homônimo, criado pela dupla de designers Luiz Stein e Gringo Cardia (então no estúdio A Bela Arte e, como a Blitz, em começo de carreira), com anúncios absurdos estrelados pela banda e uma HQ contando a história de “Você Não Soube Me Amar”, toda feita com colagens e participações discretas de Fantasma, Mandrake, Mulher-Gato.
Há outra versão da história que diz que a HQ que não foi encartada a tempo. "Com sua capa em estilo das revistas dos X-Men e estética new wave (de Gringo Cardia e Luiz Stein), As Aventuras Da Blitz pegou tanto o público jovem (seduzido pela linguagem descontraída das canções), quanto as crianças (a quem foi prometido uma revistinha, que não ficou pronta a tempo de ser encartada).
As divergências artísticas de Lobão e Evandro cresciam descontroladamente e, dias depois do lançamento do disco, Lobão decidiu deixar a banda, sendo substituído por Juba na bateria.
Billy: "A gente já tinha passado na mão de vários produtores na época: Guto Graça Mello, Nelson Motta, Liminha... Mas nenhum topou trabalhar com a banda. Aí um cara da rádio Cidade, junto com o Mariozinho Rocha, resolveu apostar. Gravamos uma “demo” na marra mesmo, sem teclados e coisa e tal, no estúdio Transamérica. O pessoal da EMI/Odeon curtiu a gravação e resolveu assinar com a BLITZ ! O compacto de Você Não Soube me Amar arrebentou, vendeu quase 1 milhão de cópias no comecinho de 82 ! E o LP, As Aventuras da BLITZ, umas 500 mil alguns meses depois... Em julho a gente já tinha estourado ! Na época da gravação a BLITZ já fazia shows, tava bem entrosada... Por isso foi tranqüilo entrar no estúdio e mandar tudo rapidinho, numa tacada só, nos 16 canais disponíveis naquele tempo ! Os ensaios rolavam no apê do Lobão mesmo... Aliás, a ideia do nome da banda foi dele, no finalzinho de 81. Eu morava com o cara, estava trabalhando no Cena de Cinema com ele quando comecei, por acaso, a levar um som com o Evandro, Antônio Pedro, Ricardo Barreto e as minas (Márcia e Fernanda Abreu). Tinha também o Sussekind (Marcelo, ex - Erva Doce e atual produtor musical) que vivia com a gente: ele montava o som, tocava guitarra nos shows... Uma vez o Lobão passou mal e o cara acabou na bateria (risos)! A mixagem do Aventuras, comparando com discos atuais, é uma porcaria ! Naquele tempo se pensava em mono, a voz ficava na cara e os instrumentos numa 'massaroca' danada no fundo, embolados pra cacete ! De vez em quando pintava uma guitarrinha aqui e ali... Mas as músicas eram muito boas, ao vivo era outro papo. Viajávamos com equipamento próprio: palco, P.A., luz e cenários do Gringo Cardia, que tava começando junto com a gente. Mas no estúdio só fomos melhorar no segundo disco (Radioatividade), quando gravamos com 24 canais e o Liminha finalmente produziu"
Faixas
1. "Blitz Cabeluda" Antônio Pedro Fortuna/Evandro Mesquita/Ricardo Barreto 1:11
2. "Vai, Vai, Love" Evandro Mesquita/Ricardo Barreto 3:07
3. "De Manhã (Aventuras Submarinas)" Evandro Mesquita 3:37
4. "Vítima do Amor" Evandro Mesquita 2:39
5. "O Romance da Universitária Otária" Evandro Mesquita 2:10
6. "O Beijo da Mulher Aranha" Evandro Mesquita/Ricardo Barreto 3:04
7. "Totalmente em Prantos" Evandro Mesquita/Ricardo Barreto 2:13
8. "Eu Só Ando a Mil" Antônio Pedro Fortuna/Evandro Mesquita 3:00
9. "Mais Uma de Amor (Geme Geme)" Antônio Pedro Fortuna/Bernardo Vilhena/Ricardo Barreto 3:54
10. "Volta ao Mundo" Evandro Mesquita/Patrícia Travassos/Chacal 2:37
11. "Você Não Soube Me Amar" Evandro Mesquita/Ricardo Barreto/Guto/Zeca Mendigo 3:43
12. "Ela Quer Morar Comigo na Lua" Evandro Mesquita 2:36
13. "Cruel Cruel Esquizofrenético Blues" Evandro Mesquita/Ricardo Barreto 3:38
Radioatividade
COM ENCARTE E POSTER
Em 10 de setembro de 1983 foi lançado o segundo álbum, Radioatividade, com uma grande festa organizada na sede da EMI.
Billy: "Esse foi disco de platina. Finalmente o Liminha produziu a gente, lembro que ele precisou levar uma máquina de 24 canais pro estúdio, o da Odeon só tinha 16 pistas na época. Mas valeu, depois de 2 meses gravando e mixando, o som ficou bom pra cacete, acho até que é o nosso disco mais perto do show. Na época rolava uma dúvida sobre qual seria a primeira 'música de trabalho', aí 'Dois Passos' acabou estourando nas rádios e, logo depois, 'Weekend'. Fora isso ainda tinha 'Betty Frígida' e 'Biquíni de Bolinha Amarelinha', que também tocaram bastante. No meio da turnê ficamos um mês e meio direto no Canecão... Era um showzaço, super – produção mesmo!"
Faixas
01 A Última Ficha
02 Ridícula
03 Charme de Artista
04 Só o Amor
05 A Dois Passos do Paraíso
06 Apocalipse Não
07 Weekend
08 Meu Amor Que Mau Humor
09 O Tempo Não Vai Passar
10 Betty Frígida
11 Rádio Atividade
12 Biquíni de Bolinha Amarelinha Tão Pequenininho
BLITZ 3
COM ENCARTE E FOTOS
O terceiro álbum, BLITZ 3, foi lançado em 15 de dezembro 1984, tendo três formatos com capas diferentes, produzidas pela empresa de design A Bela Arte.
A superexposição e a demanda exagerada de trabalho gerou conflitos internos e os integrantes entenderam que era hora de dar um hiato nos trabalhos da banda, anunciando que trabalho seguinte, intitulado O Último da Blitz, seria o último. No entanto, o álbum nunca chegou a ser gravado, uma vez que Ricardo e Márcia deixaram a banda no final de 1985 e, em 3 de março de 1986, a BLITZ anunciou sua separação oficial.
Billy: "A produção dessa vez ficou com o Mayrton Bahia, que era da Odeon naquele tempo. Meio que fomos as 'cobaias' de um estúdio que estava inaugurando na Barra da Tijuca, dava uns problemas e tal... Além disso, a rapaziada andava muito cansada, tocando direto, sem férias desde 82. Mas até que foi legal, rolam músicas bacanas, como 'Eugenio' e 'Egotrip', que a gente toca até hoje nos shows. Os backings vocals da Fernandinha e da Márcia ficaram maneiríssimos, as meninas estavam bem afinadas. Quem pensa que fazer as vozes femininas era moleza, se engana. Nesse disco, apesar do processo ainda artesanal de gravação, a gente caprichou nos sintetizadores, entrou de vez na 'onda midi', que tava com tudo na época".
Faixas
01 Eugênio
02 Xeque-Mate
03 Egotrip
04 Amídalas
05 Tarde Demais
06 Taxi
07 Sandinista
08 Você Vai, Você Vem
09 Louca Paixão
10 Dali de Salvador
11 Trato Simples
12 Cresci, Mamãe, Cresci