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sexta-feira, 14 de junho de 2024

LP Original Titãs Õ Blésq Blom Capa Dupla Gatefold WEA 1989

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Õ Blésq Blom é o quinto álbum de estúdio do Titãs, lançado em 16 de outubro de 1989 pela WEA.
Durante a turnê do disco anterior (Go Back), na passagem por Recife, os Titãs encontraram na Praia de Boa Viagem um casal de músicos repentistas, Mauro e Quitéria. Após ouvi-los e admirar sua performance, decidiram gravá-los lá mesmo, usando um gravador que levavam consigo. A música gravada foi usada como introdução do disco e dos shows das turnês subsequentes.
Mauro era um ex-estivador do Porto do Recife e, por conta do constante contato com estrangeiros, aprendeu palavras em vários idiomas. Com a ajuda da esposa (que passou a guiá-lo a partir de 1982, quando ficou cego), ele percorria diariamente a praia cantando canções escritas em vários idiomas simultâneos - embora ele não soubesse o real significado das palavras - em troca de esmolas. Por sua participação no disco, o casal recebeu o pagamento de NCzS 6 mil (com suas apresentações na praia, costumavam faturar de NCzS 40 a NCzS 100 por dia).
Planejava-se convidar os músicos para se apresentarem na turnê de divulgação do disco com a banda, mas a participação não foi possível por limitações da produção dos shows. Na época da turnê, o vocalista/saxofonista Paulo Miklos e o guitarrista Marcelo Fromer anunciaram que planejavam produzir um disco de Mauro e Quitéria pela WEA.
Em julho de 1989, a mãe do baixista/vocalista Nando Reis morreu, e ele iniciou as gravações abalado pela morte dela, mas considerou que o trabalho foi fundamental para que ele processasse o luto.
Durante as gravações do disco, foram visitados pelo casal Tina Weymouth e Chris Frantz, respectivamente baixista e baterista do Talking Heads.
"Miséria" foi escrita por Arnaldo Antunes, a letra era maior, Sérgio Britto e Paulo Miklos encurtaram a letra. A faixa "Faculdade" veio a Nando num sonho.
Várias outras faixas além das que foram lançadas foram criadas para o disco e acabaram ficando de fora. Duas delas foram aproveitadas no disco ao vivo Acústico MTV: "Nem 5 Minutos Guardados" e "A Melhor Forma".
Outras seis tiveram suas versões iniciais lançadas posteriormente na coletânea E-Collection, de 2001, juntamente a outras raridades da banda. São elas: "Aqui É Legal", "Estrelas", "Eu Prefiro Correr", "Minha Namorada", "Porta Principal" e "Saber Sangrar".
"Eu Não Sei Fazer Música", lançada no disco Tudo ao Mesmo Tempo Agora em 1991, também foi escrita nessa época.
O álbum foi lançado no dia 16 de outubro em um show no Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Como parte da campanha de divulgação do álbum, a banda contratou o grupo de grafiteiros Tupi Não Dá para escrever o título do álbum em pontos estratégicos de São Paulo. Chamaram também Caetano Veloso para escrever o comunicado de imprensa sobre o disco; seu filho Moreno escreveu um PS.
O título do disco (que pode ser "traduzido" como "os primeiros homens que andaram sobre a terra") vem da letra da faixa de abertura; Nando afirma ter sido o provável responsável pela ideia de adotá-lo como nome da obra e afirma ter certeza de que sugeriu a grafia da letra "o" com til ("Õ").
A capa é uma colagem do vocalista Arnaldo Antunes, que produziu cinco trabalhos e a banda votou para decidir qual deles estamparia o disco.
Em duas semanas, o álbum atingiu a marca de 100 mil cópias vendidas, recebendo por consequência o certificado de Disco de Ouro. Na altura do lançamento do disco seguinte, Tudo ao Mesmo Tempo Agora, estava na marca de 226 mil cópias vendidas. Segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, o álbum vendeu 230 mil cópias.
Em 2007, foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil como o 74º melhor disco da música brasileira. Dois anos antes, sua capa fora eleita pela então ressuscitada revista Bizz a 100ª principal capa da história do rock.
Em um artigo publicado um ano antes na mesma revista, o vocalista e tecladista Sérgio Britto considerou este álbum como um dos melhores que a banda havia feito, juntamente aos antecessores Cabeça Dinossauro e Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas. Ele disse ainda que o trabalho, "se não influenciou, ao menos antecipou toda a onda do Mangue Beat e a mistura de MPB e música nordestina com elementos de rock e programações eletrônicas."
O então vocalista Paulo Miklos, em entrevista à mesma revista em 2012, disse também: "Na frente do palco da gente, estreando em Recife, estava todo mundo que seria do manguebeat, na primeira fila. [Fred] Zeroquatro [do Mundo Livre S/A] e a turma toda. Isso Chico Science quem me falou. Assim, aquele momento em que a gente pegou Mauro e Quitéria na praia e fez aquele disco foi um momento de laboratório para dar essa trombada estética que gera alguma coisa, do pop rock misturado com a música nordestina, com uma carga de brasilidade violenta e tal."

1. "Introdução por Mauro e Quitéria" Mauro, Quitéria Mauro e Quitéria 0:44
2. "Miséria" Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Sérgio Britto Sérgio, Paulo 4:27
3. "Racio Símio" Arnaldo, Marcelo Fromer, Nando Reis Nando 3:19
4. "O Camelo e o Dromedário" Marcelo, Nando, Paulo, Tony Bellotto Paulo 5:22
5. "Palavras" Marcelo, Sérgio Sérgio 2:33
6. "Medo" Arnaldo, Marcelo, Tony Arnaldo 2:06
7. "Natureza Morta (apenas na versão de CD)" Arnaldo, Liminha, Branco Mello, Marcelo, Paulo, Sérgio Arnaldo e Branco 0:19
8. "Flores" Charles Gavin, Paulo, Sérgio, Tony Branco 3:27
9. "O Pulso" Arnaldo, Marcelo, Tony Arnaldo 2:45
10. "32 Dentes" Branco, Marcelo, Sérgio Branco 2:30
11. "Faculdade" Arnaldo, Branco, Marcelo, Nando, Paulo Nando 3:13
12. "Deus e o Diabo" Nando, Paulo, Sérgio Sérgio, Paulo 3:28
13. "Vinheta Final por Mauro e Quitéria" Mauro, Quitéria Mauro e Quitéria 0:35

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