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Lóki? é o primeiro álbum solo de Arnaldo Baptista, depois do término da banda Os Mutantes. É considerado um dos discos mais importantes do rock brasileiro e da MPB por alguns críticos. Apesar de sua importância musical ter sido reconhecida pela crítica especializada à época do lançamento, em 1974, teve pouco sucesso de público e baixa vendagem. A obra passou a ser tida como relevante na historia da música brasileira a partir dos anos 90 do século XX, na esteira do reconhecimento d´Os Mutantes por figuras da música pop internacional, como Kurt Cobain e Sean Lennon. E inspirou o título do principal documentário biográfico do autor, Loki - Arnaldo Baptista, lançado em 2008.
Foi lançado em 1974 depois da saída de Arnaldo Baptista de Os Mutantes e do término de seu casamento com Rita Lee, que dividia com ele o núcleo criativo da banda. Arnaldo vivia um recesso depressivo, em um sítio em São Paulo, e conseguiu fazer o disco a partir de uma iniciativa da gravadora Polygram que, apesar de considerar incerto o sucesso da obra, apostou em lançá-la por considerar Baptista um artista criativo. É considerado um dos melhores álbuns dos anos 70.
Nesse álbum Arnaldo Baptista realiza algumas de suas composições mais inspiradas e melancólicas, no que seria uma espécie de último lampejo criador precedendo a derrocada psiquiátrica de que até hoje padece e que já então se anunciava de forma evidente. Uma clara evidência da tênue linha existente entre loucura e genialidade.
A enorme gama de estruturas melódicas e harmônicas explorada ao longo das faixas mostra o Arnaldo bossanovista ("Cê Tá Pensando que Eu Sou Lóki?"); o Arnaldo roqueiro ("Será que Eu Vou Virar Bolor?"); e até mesmo o compositor jazzístico-progressivo, como na inusitada "Honky Tonky".
O disco teve a participação dos ex-mutantes Rita Lee, Liminha e Dinho Leme, além dos arranjos de Rogério Duprat nas faixas "Cê Tá Pensando que Eu sou Loki?" e "Uma Pessoa Só". É um disco que, curiosamente, usa o rock, mas ignora a guitarra. Com efeito, o guitarrista Sérgio Dias Baptista, irmão caçula de Arnaldo e guitarrista de Os Mutantes, é o único membro da banda que não atua em Loki.
Em 2007, o álbum foi eleito pela revista Rolling Stone como o 34º melhor na lista dos 100 maiores discos da música brasileira pela Rolling Stone Brasil, à frente de obras mais lembradas, como Falso Brilhante, de Elis Regina, e Milagre dos Peixes, de Milton Nascimento.
A capa do disco traz duas imagens sobrepostas do corpo de Arnaldo e coladas sobre um fundo de estrelas. Ele aparece sem camisa, segurando uma arma de chumbinho e uma cinta de balas. A imagem do cantor foi registrada no alpendre de sua casa na Serra da Cantareira. Na contracapa, há uma imagem de uma estátua de anjo que ele comprou em um cemitério.
Lado A
1. "Será Que Eu Vou Virar Bolor?" 3:50
2. "Uma Pessoa Só" Arnaldo Baptista / Dinho Leme / Liminha / Sérgio Dias 4:00
3. "Não Estou nem Aí" 3:20
4. "Vou Me Afundar na Lingerie" 3:25
5. "Honky Tonky (Patrulha do Espaço)" 2:15
Lado B
1. "Cê Tá Pensando Que Eu Sou Lóki?" 3:25
2. "Desculpe" 3:10
3. "Navegar de Novo" 5:30
4. "Te Amo Podes Crer" 2:50
5. "É Fácil" 1:55
Duração total:
33:40



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