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terça-feira, 23 de setembro de 2025

LP Cazuza Ideologia Reedição Disco Vinil Vermelho 180 Gramas

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Vinil Cazuza - Ideologia (2023) LP Vermelho

Terceiro álbum solo de Cazuza, ‘Ideologia’ de 1988 foi o primeiro a ser lançado após o artista ser diagnosticado soropositivo. 
No dia 29 de abril de 1987, Cazuza recebeu a notícia de que era portador do vírus HIV, apenas um semana antes da estreia da turnê do álbum Só Se For a Dois, que ocorreu de 7 de maio à 15 de setembro. 
As gravações para o novo álbum, que começariam em outubro de 1987, tiveram que ser adiadas quando o cantor é internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, para se tratar de uma nova pneumonia, doença que já o levou a ser internado em 1985 - na época, ainda sem saber que era uma manifestação da AIDS. 
Durante uma visita de seu amigo, parceiro de composições e ex-colega de banda, Frejat, os dois compuseram "Ideologia", que viria a ser a faixa-título. Em pouco tempo, os médicos brasileiros já não sabiam como tratar da infecção, que seguia inabalável. Assim, acompanhado de seus pais, do amigo Ezequiel Neves e de uma cuidadora, ele foi procurar tratamento no New England Hospital de Boston, que era referência no combate à AIDS. 
Durante dois meses de internação, o artista refletia sobre o impacto de suas músicas sob o público e, inspirado pelo hit "Que País É Este?", resolveu trazer uma abordagem mais política, séria e intimista em suas letras, além das românticas pelas quais era conhecido. Entre fortes reações e efeitos colaterais à remédios e doença, ele cantarolava melodias e escrevia que viu "a cara da morte". 
Em dezembro de 1987, Cazuza retorna ao Brasil mais magro e com o cabelo liso, devido às tratamentos com doses de AZT, e mais maduro musicalmente; “Parei de falar um pouco do meu quintal e passei a falar da minha geração”, disse em entrevista de 1989.
Assim, inicia as gravações para um novo disco em janeiro. A produção ficou a cargo de Ezequiel Neves e Nilo Romero. Assim como nos anteriores, Ideologia contou com diversos nomes participando da composição e da gravação de músicas, como Sandra de Sá, Ritchie, Lobão, Dé Palmeira, Gilberto Gil, entre outros.
A faixa-título abre o álbum com rock da aclamada parceria de Cazuza e Frejat. A letra conta com a busca por um sentido na vida após a frustração e a desilusão com a realidade. Esta foi uma das primeiras letras escritas por Cazuza após ter descoberto ser soropositivo, o que se mostra no verso "O meu prazer agora é risco de vida". 
Durante sua internação em Boston, Cazuza passou por sérias complicações entre outubro e dezembro de 1987 que quase o levaram à morte. Mesmo debilitado, com uma melhora, o cantor escreveu com o verso irônico "Eu vi a cara da morte e ela estava viva - viva!". Ele mesmo escreveu a letra a musicou a canção, assim como nas músicas "O Assassinato da Flor" e "A Orelha de Eurídice" - esta última seria originalmente musicada por Renato Russo. 
A canção "Vida Fácil", parceria com Frejat, ironiza a hipocrisia e a futilidade de uma vida baseada em aparências e poder financeiro. 
Outra música com melodia de Frejat foi "Blues da Piedade", em que Cazuza expressa piedade e compaixão por pessoas que vivem vidas infelizes, limitadas e "caretas", que são vencidas comumente pela rotina e pelos seus próprios problemas. A canção conta com a participação de Sandra de Sá nos vocais de apoio e Frejat na guitarra. 
"Brasil" foi composta por Cazuza em parceria com Nilo Romero e George Israel, do Kid Abelha e ganhou o Prêmio Sharp de melhor canção. É considerada uma declaração de amor ao país, ainda que expondo defeitos e desigualdades. No mesmo ano de seu lançamento, a canção foi regravada por Gal Costa numa versão samba-rock. 
Cazuza afirmou que escreveu "Brasil" após uma "inveja criativa" que sentiu ao ouvir "Que País é Este?", da Legião Urbana. A convite de Gilberto Gil, Cazuza escreveu os versos da canção "Um Trem Para As Estrelas". A música narra a dureza do dia a dia do trabalhador no Brasil da década de 1980, pós-ditadura, buscando uma vida melhor em meio ao aumento da inflação, fome e desemprego. Esta foi música-tema de um filme de mesmo nome. 
"Faz Parte do Meu Show" foi composta por Cazuza em parceria com Renato Ladeira e destaca-se na obra de Cazuza por ter um arranjo bossa nova. Por coincidência ou não, no ano de lançamento, em 1988, este movimento musical estava completando 30 anos. A canção é considerada a última do estilo a fazer sucesso. 
A capa do disco é uma foto tirada por Flavio Colker de uma instalação artística de Barrão, que reuniu objetos que ele encontrou após uma chuvarada na Praia de São Conrado e ilustrações representando ideologias. 
Com nova edição em vinil via Universal Music, é um pungente autorretrato do garoto que ia mudar o mundo.

Repertório do LP:

Lado A
1. Ideologia (Roberto Frejat/ Cazuza)
2. Boas novas (Cazuza)
3. O assassinato da flor (Cazuza)
4. A orelha de Eurídice (Cazuza)
5. Guerra Civil (Cazuza)
6. Brasil (Cazuza/ George Israel/ Nilo Romero)

Lado B
1. Um trem para as estrelas (Cazuza/ Gilberto Gil)
2. Vida fácil (Roberto Frejat/ Cazuza)
3. Blues da piedade (Roberto Frejat/ Cazuza)
4. Obrigado (Por ter se mandado) (Zé Luiz/ Cazuza)
5. Minha flor, meu bebê (Dé/ Cazuza)
6. Faz parte do meu show (Renato Ladeira/ Cazuza)

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